No dia 1º de janeiro deste ano, a Síndrome de Burnout passou a ser considerada doença ocupacional, depois de ser incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas afinal, o que é burnout?
Também chamada de Síndrome do esgotamento profissional, o burnout é um transtorno que se refere a um desgaste físico e mental relacionado a situações do trabalho, como excesso de tarefas, de competitividade e de grandes responsabilidades.
O nome “burnout” quer dizer exatamente isso, queimar completamente, consumir-se por completo.
De acordo com a OMS, os sintomas são sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho, eficácia profissional reduzida. Em 2019, durante a conferência da organização, o tema já havia sido debatido, mas entrou em vigor somente a partir deste ano.
A organização esclarece que o transtorno “se refere especificamente a fenômenos relativos ao contexto profissional e não deve ser utilizado para descrever experiências em outros âmbitos da vida”.
Qual o tipo de pessoa mais afetada pela Síndrome de Burnout?
Ela acomete profissionais de todas áreas, mas, normalmente, afeta mais os profissionais que são focados em resultado, desempenho e que têm uma dedicação extrema no trabalho. São pessoas que se entregam tanto que se consomem por completo, chegam a uma exaustão psíquica, física e emocional completa.
Segundo a ISMA-BR, International Stress Management Association, o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de países mais afetados pela síndrome. É um grande problema que muitas empresas e muitos líderes nem sequer se deram conta.
Normalmente, as empresas dão importância à segurança do trabalho na parte física, mas a parte psicológica, a preocupação com a saúde mental dos colaboradores não recebe tanta atenção. Se você analisar, a grande parte dos afastamentos são por questões psíquicas.
Os sintomas isolados ou em conjunto podem desestabilizar um profissional que é dedicado de verdade. Alguém, por exemplo, que é comprometido demais, não se conforma de não entregar sua meta.
Então, se você é líder preste bem atenção: quando se tem uma meta inatingível, basicamente, você vai ter na sua equipe dois grupos de colaboradores:
- Os que ficam indiferentes e não se importam com a meta. Esses apertam o botão do “tô nem aí”, do modo avião e deixam pra lá.
- Os que são potenciais vítimas de burnout. As pessoas que vão se consumir completamente e se fatigar psicologicamente por não conseguir entregar o seu resultado.
Caso essas pessoas do segundo grupo forem realmente comprometidas e não controlarem a intensidade e, principalmente, a forma como lidam com o contexto, elas podem entrar num desgaste psicológico tão intenso que se deprimem.
Qual a diferença entre burnout, estresse e depressão?
Primeiramente, você deve tomar muito cuidado para não confundir esses 3 problemas. Cada um tem uma raiz e para se curar é preciso tratar a causa certa
Então, atenção, muitas vezes confundimos Burnout com estresse ou depressão. Porém, são coisas diferentes, com causas diferentes e, certamente, com conduções de tratamento diferentes.
- Burnout: síndrome resultante de estresse crônico e necessariamente tem origem no ambiente de trabalho;
- Depressão: é uma doença psiquiátrica crônica, que afeta pessoas de todas as idades, profissões, gênero;
- Estresse: é uma reação fisiológica automática do corpo a circunstâncias que exigem mudanças de comportamento.
Como evitar desenvolver a Síndrome de Burnout?
O reconhecimento da Organização Mundial da Saúde como uma doença ocupacional foi um passo importante para as empresas começarem a olhar diferente para a segurança dos profissionais. Além do físico, a parte mental também precisa de cuidados.
Prática 01
E para você não entrar nesse processo de ansiedade por não cumprir metas, não se deixar consumir pelos excessos do trabalho, existem algumas práticas que podem te ajudar! Ouça o podcast 026 | Apneia Profissional. Em 2016, eu já tinha percebido a importância de se falar sobre essa síndrome, mesmo que ainda não fosse tão conhecida. Eu fiz um episódio inspirador sobre o perigo de mergulhar fundo nos objetivos.
Prática 02
Se quiser avaliar se você ou alguém da sua equipe está desenvolvendo a Síndrome de Burnout, responda às seguintes perguntas:
- Tem necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz?
- É excessivamente dedicada e quer fazer tudo sozinha e imediatamente?
- Tem descaso com as necessidades pessoais – comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido?
- Apresenta sinais de cinismo social, no trabalho e com as pessoas que convive?
- Tem evitado convívio social com amigos e família e tem ficado isolada?
- Tem apresentado dificuldade de dormir e sofre com distúrbios do sono?
- Sente um vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante?
Se você respondeu “sim” pelo menos 3 vezes, o caso merece muita atenção. É altamente recomendável você se informar mais e até procurar ajuda psicológica.
Prática 03
Vamos fazer a profilaxia, A Cura! Caso esteja pisando demais no acelerador, vou te mostrar 3 coisas que você não pode abrir mão de jeito nenhum:
- Procure um esporte para praticar, de preferência algo que você goste e se divirta fazendo.
- Faça passeios com a sua família. Dê uma volta de bicicleta com seu filho, vá a um parque, a um museu, veja um filme, jogue bola, saia para almoçar. Existe uma infinidade de opções.
- Separe um tempo para você. A vida é sua, você merece alguns minutos para relaxar, ler um livro, caminhar, meditar. Ficar sozinho com você mesmo é o caminho mais curto para o autoconhecimento.
Prática 04
Se você é Líder, aprenda com esse episódio e faça uma autocrítica, observe sua equipe, suas ações e seu contexto e assegure para que você não provoque a Síndrome de Burnout nas pessoas.
Agora que você já entendeu o que é a síndrome, como identificá-la e como evitá-la, é hora de colocar essas práticas na sua rotina e fazer aquela coisa que transforma: FA-ZER!
Ao longo do tempo, eu tenho investido a minha energia e meu tempo para poder formar líderes que tenham essas quatro habilidades aliadas aos melhores valores, e eu mostro isso através de fundamentos e de uma metodologia: Liderança Evolutiva®.
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Por último, se você quer aprender mais sobre como ser um bom líder e como guiar a sua equipe com mais exatidão, acompanhe os conteúdos do Líder HD! Siga a gente no Instagram, Facebook, LinkedIn, entre para nosso grupo no telegram e ouça os nossos podcasts!